terça-feira, 26 de abril de 2011

FESTA -DIA DO ÍNDIO dia 19 de Abril de 2011.







Educação


ENSINO
26/04/2011 - 08h36min

Bolsistas do ProUni terão mais tempo para concluir graduação

Portaria do Ministério da Educação (MEC) publicada ontem (25) dá mais tempo para que os bolsistas do Programa Universidade para Todos (ProUni) concluam a graduação. O prazo, que antes era de, no máximo, uma vez e meia a duração regular do curso, foi ampliado para duas vezes. Com a mudança, o bolsista de um curso com quatro anos de duração poderá concluir a graduação em até oito anos (antes, o limite seria seis anos).
De acordo com o MEC, o objetivo é dar ao estudante que porventura tranque a matrícula o direito à bolsa até a formatura.


Quadros de Turmas Ano Letivo 2010 (fonte MMR / INE)

Dados atualizados em 07/04/2011

Escola
E E IND ENS FUN ANTONIO KASIN MIG
21 CRE - REDENTORA

Turmas

Alunos

Aluno/
Turma

Manhã

Tarde

Noite

Integral

Total

ENSINO FUNDAMENTAL (9 ANOS) - Período letivo: 03/2010 a 12/2010
1o.Ano 2 2 30 15,00
2o.Ano 2 2 30 15,00
3o.Ano 1 1 24 24,00
4o.Ano 1 1 21 21,00
5o.Ano 1 1 15 15,00
6o.Ano 1 1 12 12,00
7o.Ano 1 1 21 21,00
8o.Ano 1 1 21 21,00
9o.Ano 1 1 18 18,00
Total 6 5 11 192 17,45
EJA - ENSINO FUNDAMENTAL - Período letivo: 03/2010 a 12/2010
1a.Serie 2
2a.Serie 1
3a.Serie 2
4a.Serie 1 1 16 16,00
5a.Serie 1 1 21 21,00
6a.Serie 1 1 11 11,00
Multisser. 1 1
Total 4 4 53 13,25
Total da Escola - Período letivo: 01/2010 a 12/2010
Total 6 5 4 15 245 16,33

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Semana do Índio

Projeto de extensão Nutrição Kaingang participa de acampamento festivo PDF Imprimir E-mail
Ter, 19 de Abril de 2011

Atividade, realizada na Terra Indígena de Guarita e Inhacorá, foi comemorativa ao Dia do Índio

O projeto de extensão “Nutrição Kaingang” tem por objetivo resgatar hábitos, práticas e preparações culturais Kaingang na alimentação escolar indígena.
O projeto de extensão “Nutrição Kaingang” tem por objetivo resgatar hábitos, práticas e preparações culturais Kaingang na alimentação escolar indígena.

O Curso de Nutrição da UNIJUÍ desenvolveu no sábado, 16 de abril, na comunidade de Irapuá, Coronel Bicaco, atividades comemorativas em Dia do Índio, dentro do Projeto de Extensão “Nutrição Kaingang”, desenvolvido pela Universidade, em parceria com o Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar (Cecane/UFRGS) e financiado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

Os estudantes participaram ainda de um acampamento festivo ao Dia do Índio, na Terra Indígena de Guarita e Inhacorá, onde foram desenvolvidas apresentações artísticas, além do preparo do almoço, com alimentos da cultura Kaingang, realizado pelas escolas Toldo Campinas e Kasin Mig. “Foi um momento significativo aos membros do Projeto, pela integração com a comunidade indígena e acompanhamento da processualidade das preparações e refeição, com os alimentos típicos, tais como bolo nas cinzas, abóbora assada, folha de moranga, mandiocada, pisé, canjica e regro”, destaca a professora Tânia Lucchese Bellé, da equipe de coordenação do projeto, salientando, ainda, a relação que os Kaingangs estabelecem com o alimento e a natureza.

O projeto de extensão “Nutrição Kaingang” tem por objetivo resgatar hábitos, práticas e preparações culturais Kaingang na alimentação escolar indígena. Participam do mesmo as acadêmicas do Curso de Nutrição Aline Bernard, Caroline Espich, Débora Ghislene, Délis Markus, Janaina Barasuol, Laísa Dalla Rosa e Lauren Franciscatto, o nutricionista Kaingang Marcos Ribeiro, a mestranda de Educação nas Ciências da UNIJUÍ, Liamara Ubessi, além de docentes do Curso de Nutrição.

ÍNDIOS DO BRASIL

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Em 1910 foi criado o Serviço de Proteção ao Índio (SPI), chefiado pelo Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon – descendente de índios, que trabalhou durante anos para melhorar as condições de vida da população indígena brasileira – dando início ao período de pacificação dos índios e do reconhecimento do direito deles à posse da terra e de viver de acordo com os próprios costumes.

No ano de 1967, foi extinto o SPI, devido a inúmeras denúncias de irregularidades administrativas, após a saída do Marechal Rondon. No mesmo ano foi criada em seu lugar, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), que procurou estabelecer uma política de respeito às populações indígenas através de normas de bom relacionamento entre o índio e a nossa sociedade.

Os primeiros índios do Brasil viviam em regime de comunidade. A divisão das tarefas do dia-a-dia era feita por sexo e por idade e todos ajudavam. Os ensinamentos, as práticas, as histórias, a invocação dos espíritos, os cantos e as danças eram transmitidos de geração para geração .

Os chefes das tribos eram os mais velhos, e eram eles que resolviam problemas como doenças, mortes, desavenças na família e na tribo, atrito entre as tribos vizinhas, guerras e paz. Cada tribo tinha seus próprios costumes seu jeito de viver, de morrer, de construir a aldeia, de governar. A terra não era de um só e sim de todos que nela viviam, não haviam demarcações nem comércio.

Os primeiros portugueses que chegaram ao Brasil, mantiveram um contato amistoso com os índios, pois precisavam deles para trabalhar na extração do pau-brasil e para defender o litoral dos contrabandistas, principalmente franceses. Mas, com o aumento do número de portugueses, as relações do branco com o índio foram se tornando críticas, os índios reagiram porque os portugueses roubavam-lhes as terras, atacavam suas mulheres, tiravam-lhes a liberdade e transmitiam-lhes doenças, algumas vezes causando a morte de todos os habitantes de uma aldeia.


Apesar da resistência, milhares de índios foram escravizados no período colonial pelos portugueses, que usavam armas de fogo para dominar as populações indígenas. Nessa época, os portugueses escravizaram os índios para forçá-los a trabalhar na lavoura canavieira e na coleta de cacau nativo, baunilha, guaraná, pimenta, cravo, castanha-do-pará e madeiras, entre outras atividades.

Não foi apenas no Brasil que os portugueses mataram índios. Também na África e na Ásia eles foram responsáveis pela morte de milhares de seres humanos.

Dos aproximadamente 4 milhões de índios que habitavam o Brasil na época da chegada de Cabral, restam hoje mais ou menos 200 mil, sobrevivendo em condições precárias e sob constante ameaça, principalmente dos garimpeiros.

Reduzidos demografica e sistematicamente, sujeitos a pressões crescentes das frentes de expansão econômica que avançam sobre as terras e os recursos naturais, o futuro dos povos indígenas no Brasil é ainda incerto.

Aos 500 anos após o descobrimento, o Brasil ainda desconhece a imensa diversidade de povos indígenas que ainda vivem no País. Estima-se que hoje existam aproximadamente 210 povos, com vários graus de contato, cerca de 170 línguas e dialetos, distribuídos em todo território brasileiro.

Alguns povos foram descobertos pela FUNAI e conseguiram reconstituir sua própria sociedade. Os índios que hoje vivem no País não falam apenas o tupi-guarani, — tronco lingüístico que abrange 30 nações indígenas —mas, cerca de 170 línguas diferentes, como o Português.

Povos Indígenas mais conhecidos do Brasil

Aimoré: grupo não-tupi, também chamado de botocudo, vivia do sul da Bahia ao norte do Espírito Santo. Grandes corredores e guerreiros temíveis, foram os responsáveis pelo fracasso das capitanias de Ilhéus, Porto Seguro e Espírito Santo. Só foram vencidos no início do Século XX.

Avá-Canoeiro: povo da família Tupi-Guarani que vivia entre os rios Formoso e Javarés, em Goiás. Em 1973, foram pegos “a laço” por uma equipe chefiada por Apoena Meireles, e transferidos para o Parque Indígena do Araguaia (Iha do Bananal) e colocados ao lado de seus maiores inimigos históricos, os Javaé.

Bororós: também chamados Coroados ou Porrudos e autodenominados Boe. Os Bororós Ocidentais, extintos no fim do século passado, viviam na margem leste do rio Paraguai, onde, no início do Séc. XVII, os jesuítas espanh
óis fundaram várias aldeias de missões. Muito amigáveis, serviam de guia aos brancos, trabalhavam nas fazendas da região e eram aliados dos bandeirantes. Desapareceram como povo, tanto pelas moléstias contraídas, quanto pelos casamentos com não-índios.

Caeté: os deglutidores do bispo Sardinha viviam desde a Ilha de Itamaracá até as margens do Rio São Francisco. Depois de comerem o bispo, foram considerados “inimigos da civilização”. Em 1562, Men de Sá determinou que fossem “escravizados todos, sem exceção”.

Caiapós: explorando a riqueza existente nos 3,3 milhões de hectares de sua reserva no sul do Pará (especialmente o mogno e o ouro), os caiapós viraram os índios mais ricos do Brasil. Movimentaram cerca de U$$15 milhões por ano, derrubando, em média, 20 árvores de mogno por dia e extraindo 6 mil litros anuais de óleo de castanha. Quem iniciou a expansão capitalista dos caiapós foi o controvertido cacique Tutu Pompo (morto em 1994). Para isso destituiu o lendário Raoni e enfrentou a oposição de outro caiapó, Paulinho Paiakan.

Carijó: seu território estendia-se de Cananéia (SP) até a Lagoa dos Patos (RS). Vistos como “o melhor gentio da costa”, foram receptivos à catequese. Isso não impediu sua escravização em massa por parte dos colonos de São Vicente.


Goitacá: ocupavam a foz do Rio Paraíba. Tidos como os índios mais selvagens e cruéis do Brasil, encheram os portugueses de terror. Grandes canibais e intrépidos pescadores de tubarão. Eram cerca de 12 mil.

Ianomâmi: povo constituído por diversos grupos cujas línguas pertencem à mesma família. Denominada anteriormente Xiriâna, Xirianá e Waiká.

Curiosidades

De acordo com suas necessidades de sobrevivência, os índios produziam material de preparo alimentício, caça, pesca, vestimenta, realizavam festas culturais e comemorativas, construíam abrigo e transporte com materiais tirados da natureza, sem prejudicá-la.

Os índios produziam vários artesanatos, como:

  • Flecha e arco para caça e pesca

  • Ralo para ralar mandioca

  • Tipiti para espremer a massa da mandioca

  • Balaios e Urutus para guardar a massa, farinha, tapioca, beiju, frutas entre outros

  • Peneira para peneirar a massa seca para fazer farinha e beiju, tapioca ou curadá

  • Cumatá especial para tirar goma de massa

  • Abano para virar e tirar o beiju do forno feito de argila

  • Bancos

  • Pilão para moer a carne cozida, peixe moqueado, pimenta e outros sempre torrados

  • Pulseiras

  • Anéis de caroço de tucumã

  • Cesto e Peneira de cipó para carregar e guardar mantimento

  • Zarabatana para caça especial de aves

  • Japurutu, Cariçu e Flauta, instrumentos musicais entre outros cada um com seu específico som harmonioso

  • Cerâmicas para fazer pratos, panelas, botija de cerâmica para fabricação de bebidas alcoólicas especiais e outros ornamentos para momentos de festas

Fonte: http://www.ambientebrasil.com.br

Valores Culturais

Valores Culturais dos Povos Indígenas: Ser índio não é ser contra ninguém. É ser a favor da dignidade da pessoa humana…

Por: Wilson Matos da Silva*

Ao contrario do imaginário popular, não é a indumentária, cor da pele ou posição social que nos diferencia como seres humanos, mas, sim os valores que cultivamos no meio em que vivemos.
Ser indígena (nativo brasileiro) não é apenas estar pelado, pintado para guerra e adornado com plumas, mas, sobretudo, ver o mundo desprovido de valores mercantilista (cosmovisão), respeitando a natureza e interagindo com ela. Uma das capacidades que diferenciam o ser humano dos animais irracionais é a capacidade de produção de cultura.
A importância com a qual vemos o mundo, e os princípios que regem nossa relação interpessoal na tribo são normas, princípios ou padrões sociais aceitos ou mantidos por um povo, Aldeia, povos, etc.
Para Edward Burnett Tylor antropólogo inglês, “Cultura… é o complexo no qual estão incluídos conhecimentos, crenças, artes, moral, leis, costumes e quaisquer outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade.”

A herança cultural não se confunde, porém, com a herança biológica. O homem ao nascer recebe essas duas heranças: a herança cultural lhe transmite hábitos e costumes, ao passo que a herança biológica lhe transmite as características físicas ou genéticas de seu grupo humano.
O modus vivendi, ou como nosso povo vive, está assegurado na Constituição Federal, Art 231, “são assegurados aos índios seus usos costumes, línguas, crenças tradições…” as terras à prática desse modo de vida, também estão garantidos § 1º, – São terras tradicionalmente(…) as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
Não se pode, portanto, ficarem fazendo comparações bestiais, ou seja, comparar a produção mercantilista do Fazendeiro, com a produção cultural dos povos indigenas, cada uma tem sua valoração. Por ex. poderia dizer que os latifúndios servem para engordar bois para alimentar europeus, retrucar-me-iam retumbante que servem para equilibrar a balança comercial; eu tornaria dizendo quantos bois ou sacas de soja, eqüivaleria apenas um pequeno integrado que importamos dos EUA, Japão e outros. Em fim, de que essas comparações bestiais serviriam?
Se fizermos comparação da forma de produção, do japonês e do brasileiro, por certo, seriamos tidos como preguiçosos. No entanto, temos que considerar as diferenças culturais que nos proporciona o “continente” Brasil. Então não é o japonês trabalhador e o Brasileiro preguiçoso, apenas eles sobrevivem em condições totalmente adversa das do brasileiro.
È preciso sim respeito à nossa diversidade cultural. Lembro-me de quando um cacique foi convidado a um sobrevôo nas terras indígenas que seriam demarcadas. No vôo representante do Governo, MPF e representante dos fazendeiros. Ao sobrevoarem a divisa da aldeia o Fazendeiro bradou orgulhoso às autoridade, olhem doutores, ate aqui está tudo plantado tem de tudo, apontando para sua plantação, e, apontando para a reserva disse daqui em diante não tem nada só mata.
O cacique olhou para as autoridades e retrucou, não doutor é ao contrario aqui e que não tem nada, apontando para a lavoura do fazendeiro, só tem soja, não tem mais nenhuma vida, o ar esta poluído com o agrotóxico, todos os animais e pássaros morreram ou fugiram pra as matas até a água esta poluída; e apontando para a reserva disse olha doutor aqui tem de tudo paca, porco – do- mato, onça capivara, pássaros etc, até a produção do ar que ele respira apontou para o fazendeiro.
Esta visão de que o índio tem que pensar e agir como o “civilizado”, é a visão integracionista que foi fulminado pela Constituição de 88, é o pensamento de sobreposição cultural, julgando ser o índio sem cultura ou pior julgando ser a cultura do “civilizado” melhor que a dos nosso povos
Assim, nossos valores culturais, para com as nossas terras não é comercial, é a própria vida. O que importa se estas deixarem de “produzir” algumas sacas de soja, por certo não quebrará a balança comercial do país.
Tomo emprestado a pena do festejado Mestre e Colega, professor doutor Fabio Trad, para finalizar estas reflexões. “(…) O Índio é um ser diferente do homem “civilizado”, que canta e se veste diferente de nós outros, que pinta o corpo e lança flechas, dança ritmos estranhos, vivendo assim despretensiosamente sem preocupar-se com os ingredientes que nos distinguem:

“SUA MATEMÁTICA NÃO É CONTÁBIL; SEUS LUCROS NÃO SÃO MATERIAIS; SUAS MÚSICAS NÃO BUSCAM AUDIÊNCIAS; SUAS PRECES NÃO NEGOCIAM O PERDÃO; SUA FILOSOFIA SE FAZ COM ÁGUA, TERRA, URUCUM, MANDIOCA, IGUALDADE E AMOR À VIDA”.

Ser índio não é ser contra ninguém. É ser a favor da dignidade da pessoa humana. Esta dívida histórica tem que ser paga com urgência. Cabe àqueles que tem esperança de estancar este processo genocida a tarefa de levantar o povo e despertar a consciência cívica da nação. A omissão será cobrada pela história de forma implacável.”

* Wilson Matos da Silva: É Índio residente na Aldeia Jaguapirú, Advogado, Pós-graduado em Direito Constitucional, Presidente da Comissão Especial de Assuntos Indigenas da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do MS (CEAI OAB/MS), e Advogado da Warã Instituto Indígena Brasileiro com sede em Brasília E-mail wilsonmatosdasilva@hotmail.com.

Fonte: Jornal O Progresso

Educação Indígena

Valores indígenas

Nas sociedades indígenas, a terra é propriedade coletiva. Dessa maneira, todas as famílias têm acesso e nela trabalham. A finalidade das atividades produtivas é o bem-viver e não o lucro e o acúmulo.

As sociedades indígenas praticam o envolvimento entre as pessoas e com a natureza. A convivên-cia, no sentido de ´viver com os outros´, homens e mulheres, a terra e a natureza, é o ideal de vida. A base da economia indígena é a reciprocidade. As práticas de troca são motivadas pela religião, no sentido de comunicação, onde a economia está inserida numa dimensão de festa e de alegria. Nessa economia, podem ser consideradas três características pelas quais ela é diferente da economia do mercado: não é competitiva, acumulativa e nem preventiva. A economia indígena é um sistema de comunicação de bens. É comunicação, fazendo parte de todo um complexo sistema de redistribuição.

Em seus territórios, os povos indígenas constroem projetos de vida centrada nas pessoas, criam e recriam seus conhecimentos, sua sabedoria, seu espírito comunitário
(Texto-Base, nn.143-149).

Não se trata, evidentemente, de reproduzir, na complexidade da sociedade moderna, modelos que podem ser realizados só em grupos pequenos, isolados, nem de idealizar os povos indígenas, como se tudo neles e nas suas culturas fosse perfeito. Trata-se de recuperar valores que nosso mundo, chamado cristão, perdeu e deixar-se “evangelizar” por esses povos que talvez não sejam “cristãos”, mas têm uma “Boa Nova” a nos comunicar.

Nesse contexto, entra toda a problemática da inculturação e do diálogo inter-religioso, porque é só no respeito da diferença que pode acontecer a descoberta dos valores dos povos indígenas, a troca, o caminhar juntos e a construção comum de uma sociedade em que todos tenham lugar. Quando estes povos lutam para defender sua causa, têm clara consciência de que a solução depende da sua união com todos os marginalizados (desempregados, sem-teto, sem-terra, meninos de rua, trabalhadores escravos...). “Quando todos nós, os oprimidos – escreve Maninha Xukuru-Kariri, líder indígena do Nordeste – estivermos unidos, vamos corrigir essa história e construir um mundo melhor, para nossos filhos e também para os filhos de quem nos tem oprimido, uma sociedade justa para todos”.

“Por uma terra sem males” é o lema da CF-2002. Refere-se a um mito profundamente enraizado nos povos indígenas, sobretudo os tupi-guaranis, pelo qual eles se movem continuamente em busca de uma terra livre de dor, sofrimento e de morte, chamada “terra sem males”. É a esperança que poderá alimentar a todos, se compartilharmos sua visão de vida e de sociedade, se solidarizarmos com suas lutas, se acreditarmos na realização de um projeto de sociedade alternativo, onde a palavra central seja fraternidade.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Atividade da Semana do Índio no São João do Irapuá - Redentora-RS. 1° ACAMPAMENTO DE AMOSTRA DA CULTURA E VALORES KAINGÁNG






Realizou-se nesta Quinta-feira dia 14/04/2011, no Salão Comunitario Real junior a 1° Amostra da Cultura Kaingáng do Guarita, uma Idelização e Realização da E.E.I.E.F. Anatácio Fongue do Setor Pau-escrito - Guarita--Redentora-RS.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mensagem sobre professor.

Ser professor(a)

Falar da docência é falar das várias profissões que transpõem e se sobrepõem a esta.
Enquanto professores...
Somos mágicos,
ao fazermos malabares com diversas situações que atingem nossa imagem e a
vida pessoal.
Somos atores, somos atrizes,
que interpretam a vida como ela é, sentimos e transmitimos emoções ao
conviver com tantas performances.
Somos médicos,
ao receber crianças adoentadas pela miséria, pela falta de tempo da família,
pela carência de tempo de viver a própria infância.
Somos psicólogos,
ao ouvir as lamentações advindas de uma realidade dura,
que quase sempre nos impede de agir diante do pouco a se fazer.
Somos faxineiros,
ao tentarmos lavar a alma dos pequenos,
das mazelas que machucam estes seres tão frágeis e tão heróicos ao mesmo tempo.
Somos arquitetos,
ao tentarmos construir conhecimentos, que nem sabemos se precisos, que nem
sabemos se adequados.
É só parar para pensar que talvez seja possível encontrar em cada
profissão existente um traço de nós professores. Contudo, ser professor,
ser professora é ser único, pois a docência está em tudo, passa por todos,
é a profissão mais difícil, mas a mais necessária.
Ser professor é ser essência,
não sabemos as respostas.
Estamos sempre tentando,
Às vezes acertamos, outras erramos, sempre mediamos.
Ser professor é ser emoção
Cada dia um desafio
Cada aluno uma lição
Cada plano um crescimento.
Ser professor é perseverar, pois, diante a tantas lamúrias
“não sei o que aqui faço, por que aqui fico?”
fica a certeza de que...
Educar parece latente, é obstinação.
Ser professor é peculiar,
Pulsa firme em nossas veias,
Professor ama e odeia seu ofício de ensinar
Ofício que arde e queima
Parece mágica, ou mesmo feitiço.
Na verdade, não larga essa luta que é de muitos.
O segredo está em seus alunos, na sua sala de aula, na alegria de ensinar
a realização que vem da alma e não se pode explicar.
Não basta ser bom... tem que gostar.

Semana do Índio

Atividades das Escola tem o início dia 13 de Abril de 2011 na comunidade do São João do Irapuá-Redentora-RS. O mesmo irá até o dia 17 de Abril.